quinta-feira, 19 de março de 2009

Condenado pela vida

Amanhece mais um dia, e sua rotina que o persegue
ao abrir os olhos, com suas mãos trêmulas um copo de água ele absorve,
seco, desidratado devido ao uso abusivo de álcool,
segue mais um dia com a peste caminhando ao seu lado.

Maldito ser mundano e imundo,condenado a sofrer eternamente
era bonito, alto bem aparente,
tinha lindas mulheres, dinheiro sobrando, uma vida invejável
tudo conseguido pela eliminação de outras pessoas, atos já mais tolerados.

Foi sequestrado, empalado, chicoteado lhe tomaram tudo,
jogado ao meio fio, arrebentado e cagado, deixado para o mundo
vinte anos se passaram, e o ser desprezível ainda habita a terra
feio, de aspecto grotesco e com feridas por todo o corpo,
vive de álcool, morando num buraco cheirando a urina merda e desgosto.

terça-feira, 17 de março de 2009

Impulso eufórico.

Num instante mórbido de minha vida,
taras alucinantes tomam conta de minha mente vazia,
entro no meu quarto com um litro de gin embaixo do braço,
e 100 gramas de cocaína esticadas dentro de um prato.

Uma euforia incontrolável toma conta de mim,
saio desesperado com uma faca de serra em punho,
suando frio, vou em direção a casa dos fundos,
residência de um velho tio, gordo e cheirando a fungos.

Dormindo, uma paulada em sua face o deixa com o sono ainda mais profundo,
perfurações incessantes, no pescoço, suvaco, pernas e cúbito,
vou fatiando, picando em pequenos pedaços o gordo fedido,
jogando no vaso e puxando a descarga,
aos poucos vai se misturando no esgoto insípido,
e eu vomitando ao ver os pedaços de carne se desvairando.