terça-feira, 11 de novembro de 2008

Um velho Loco varrendo a rua numa ventania

Numa tarde alucinante, em meio a uma tempestade eólica
com uma vassoura em punho, um velho insano amontoa as folhas num canto da rua,
num tesão de momento enquanto o vento penteava os pelos da terra,
um ônibus de roça faz uma curva sem meta.

O motorista entorpecido por substancias recreativas, aflora seu instinto homicida,
atropela o maldito velho explodindo sua barriga,
pra não deixar resquícios, recolhe os pedaços do ancião num saco de lixo,
vai pra sua casa, seco e frígido.

No fogão a lenha algumas toras estão em chamas,
no caldeirão óleo quente, olhos vidrados e a fome que chama,
o velho despedaçado numa grotesca bacia, o sangue derrama,
virou alimento pro gordo caolho, velho frito, mistura pra janta.

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